segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

1 de Dezembro, sortes diferentes para as nossas equipa

Depois de uma semana de trabalho marcado pela diferença, visto que o futebol de 11 teve uma recompensa e teve uma semana de trabalho mais ligeira e o futebol de 7 não pôde contar com o Mister Guto (teve que viajar), chegamos a sábado sabendo que dois jogos complicados nos aguardavam.
O Futebol de 7 enfrentava o poderoso Leixões. O Leixões é uma equipa com tradição no futebol de formação e decidiu abandonar o futebol de 11 colocando as suas melhores equipas de escolas (e como tal os meninos mais velhos) a jogar no futebol de 7. Jogo tremendamente difícil.
O Futebol de 11 defrontava em Valadares o penúltimo, contudo o Mister Zé Carlos ia alertando para as dificuldades do jogo. O mister sabia que não iria ser fácil.

SC Coimbrões – Leixões (fut 7)
Depois de uma concentração muito bem disposta ás 8h, surge o primeiro contratempo. Sem aviso prévio, o Nuno Gomes não aparece ao jogo.
Sobre o jogo penso que se resume facilmente. O Leixões apresentou uma equipa forte, física, técnica e tacticamente e deu poucas hipóteses aos nossos meninos.
Um domínio total (a lembrar o jogo com o FCP) e grandes dificuldades da nossa parte para trocar a bola e jogar com calma.
Depois de avaliar o jogo ,logo aos 10 minutos da partida, percebi que mais do que tentar disputar o resultado, que iria de qualquer forma ser negativo, seria interessante e pertinente fazer algumas experiências e deixar os atletas jogarem em algumas posições diferentes, sobretudo aqueles que já vêm pedindo para o fazer à muito tempo.
Assim, o João Paulo teve a oportunidade de jogar na frente, o João Diogo também, o Mosqueira teve oportunidade de jogar uns minutinhos atrás e o Luisinho jogou alguns minutos no meio. O objectivo foi a tentativa de procurar uma maior versatilidade nos atletas, criar-lhes algum estímulo através desta nova experiência e quiça corrigir erros de avaliação de início de época.
O jogo não foi positivo, a derrota foi pesada, mas mais uma vez os atletas dignificaram a camisola mostrando atitude e recusando baixar os braços.
Como grande “ensinamento” deste jogo fica para além do défice físico (que se revela não só na altura, mas na agressividade e na velocidade), as claras deficiências tácticas que terão que ser corrigidas (as reposições de bola e o posicionamento defensivo sobretudo).
Uma palavra de apreço para o jogo esforçado do Pedro Oliveira (capitão) e do Camisão, que apesar de revelar ainda algumas debilidades técnicas, mostrou muita vontade e conseguiu empurrar ,quase no final do jogo, a equipa para a frente.
O calendário começa-nos a levar para os jogos que serão mais “do nosso campeonato”.
Parabéns pela atitude meninos!

Valadares – SC Coimbrões (futebol de 11)
8h 45m, concentração e partida para Valadares. Senti a equipa confiante e pronta para uma boa exibição.
Sabiamos que iriamos apanhar condições adversas para as quais não estamos tão preparados como outras equipas – campo pelado e bolas mais pesadas. A estas adversidades juntou-se uma outra, a chuva. Se as condições já eram difíceis, com a chuva o campo ficou extremamente pesado, o que facilita a aglomeração e a confusão e menos a racionalidade no posicionamento e na circulação de bola.
O Coimbrões entrou mandão mas precipitado.
Quando se exigia circulação de bola e inteligência (aquilo que tem sido trabalhado nos treinos), os atletas deixaram-se levar pelo facilitismo e pela precipitação do chutão para a frente e pela tentativa irracional de marcar golos de muito longe, quando num campo deste estilo, com bolas como as do jogo, seria extremamente difícil marcar de longe.
As oportunidades começaram a aparecer, mas a precipitação reinava e golos praticamente feitos não eram aproveitados (continuamos a apresentar os mesmos erros).
Assim, chegamos ao intervalo com um frustrante 0-0, mas de certa forma justo pois o Coimbrões apesar do domínio não jogava futebol, jogava à bola (leia-se pontapé para a frente).
A palestra foi marcada por um ambiente pesado. Os misters não estavam agradados, os atletas tinham consciência que estavam a falhar na sua missão, e como tal foi preciso elevar o tom de voz (sempre a manter a razoabilidade) para acordar a equipa, relembrar-lhes o objectivo de uma equipa que joga bom futebol e motiva-los para uma 2ª parte fulminante (mais uma vez dava-mos uma primeira parte de avanço ao adversário, 25 minutos desperdiçados).
Começou a 2ª parte e nada de novo.
A equipa nervosa,muita mal em termos posicionais (sobretudo os 2 elementos de meio campo- Zé João e Manel) e muito espaço nas costas. Na frente, cada um a tentar por si e pouca circulação para abrir espaços.
Quando assim é costuma aparecer o “castigo”, e numa perda de bola do Zé João (que tentou sempre jogar a bola no chão mas está a demorar muito tempo a pensar e soltar) sai um contra-ataque que acaba por dar o golo ao Valadares. Apesar de tudo, golo injusto.
Começava a chover com intensidade em Valadares, o público local fazia-se ouvir, e temi que a equipa se deixasse abater.
Enganei-me. Numa boa jogada do capitão, este solta para o Robinho que numa arrancada imparável atira para a defesa do guarda-redes mas o Tozé, oportunista à ponta de lança, apareceu para empatar a partida.
Foi uma resposta imediata e o tónico que precisavamos para acreditar.
Até final continuamos a pecar no posicionamento, a pecar na forma como alguns atletas mostram pouco empenho defensivo (Dani futebol não é so atacar), a pecar no excesso de protestos (não é Samu?), mas pelo facto de sermos melhores tecnicamente (colectivamente demonstramos menos) o Dani num lance individual ganha um penalty bem assinalado.
Na conversão o Zé João bate, faz o golo da vitória e arruma com o jogo.
No final a festa, apesar da intensa chuva.

Várias notas se tiram deste jogo:
Temos que ser inteligentes, INTELIGENTES. E a inteligência em campo revela-se na forma como se circula a bola. Se fizermos circular a bola com fluidez, tranquilidade e a variar de flanco, conseguiremos desgastar a equipa adversária e desposiciona-la com facilidade. Dessa forma abrem-se espaços para entrar na àrea. Agora, se em vez disso andarmos a tentar chegar ao ataque com pontapés para a frente e através de jogadas individuais (sobretudo através de acelerações pouco inteligentes), não vamos a lado nenhum, pois a equipa adversária apenas se tem que limitar a manter o posicionamento e a aliviar a bola.
Não pode ser meninos! Voces são miúdos inteligentes e têm que perceber de uma vez por todas que a circulação de bola e o bom posicionamento são 70% para se ganhar um jogo.
É a bola que tem que circular, não são os jogadores que a devem transportar até ao alvo do passe. Se vamos entregar a bola praticamente ao pé do colega, para além da marcação ao colega arrastamos ainda ,para o local, o nosso marcador directo, conclusão: ficamos sem espaço.

Segunda nota. Manel e Zé João. Voces fazem a “zona de protecção” á defesa. Quando perdemos a bola, se voces não recuperam e não se posicionam correctamente, vamos levar com jogadas de um para um difíceis para os defesas resolverem.
Perde-se a bola e rapidamente se reassume o posicionamento. As grandes equipas são alicerçadas a partir da defesa e não do ataque.
Miguel, tens velocidade e qualidade técnica. Pq bates a bola sempre que a vês à tua frente? Menino...primeiro procuramos uma linha de passe, se não houver e estivermos pressionados aí sim batemos. E as marcações fazem-se pelas costas, caso contrário o corredor direito fica uma auto-estrada.
Dani mais empenho defensivo. Perdemos a bola e não ficamos a olhar para o “nada” a protestar ou a lamentar. Levantamos a cabeça e vamos apoiar a equipa a defender. Isto é básico até para um escolinha, como tal e pelo talento que tens..terás
que evoluir nesse aspecto o mais rapidamente possível. Seria um desperdício de talento não o fazeres.

Por último, a finalização. Será preciso começar a implementar nos treinos “multas” pelos golos falhados? É que nos jogos devemos ser das equipas ou a equipa que mais oportunidades cria, mas também somos a equipa que mais oportunidades desperdiça e depois andamos a sofrer nos jogos para ganhar por um. Não pode ser!
Se estamos isolados e com a bola controlada, mantemos a tranquilidade e partimos para a baliza. Não vamos rematar de longe quando pudemos dar mais 5,6 passos em direcção da baliza.
A baliza é tão grande meninos! Calma...muita calma!
Parabéns pela vitória mas não pela exibição.
Para a semana têm que compensar a claque com uma exibição de luxo!

Ps: esta semana não há fotos

Assinado: Mister Nelson

1 comentário:

Anónimo disse...

Uma palavra de apreço aos meninos de fut7, mais uma vez para além do resultado negativo o que conta mais é jogarmos e ganharmos rotinas como jogadores de futebol.
Apesar de só termos derrotas, sei que esta equipa tem muito valor, apenas teve o azar de calhar na pior série de todas e ter que jogar contra todas as melhores equipas do distrito. De qualquer forma não posso deixar de enaltecer a coragem destes meninos e a força que mostram apesar das derrotas...
Um abraço a todos... e sei que as vitórias também vão aparecer!!!

Quanto as de 11, tá tudo dito, fraca exibição mas que ainda assim deu para vencer pois somos claramente mais fortes que o adversário e quando queremos ninguém nos pára, nem que falte apenas 10 minutos para o fim e o resultado seja desfavorável. Grande Atitude meninos...

Agora que faltam 2 jornadas para o fim da 1ª volta, vamos preparar estes 2 jogos melhor que qualquer outro para podermos cimentar o nosso 3ºlugar e começar a pensar em atacar o 2º, com a vontade de vencer, a raça e a atitude demonstrada em Valadares podemos vencer qualquer equipa, por isso FORÇA MENINOS!!!

Abraço a todos os Bravos!!!

;)