Fomos hoje até à Faculdade de Desporto do Porto para o Torneio Prof. Vítor Frade, que se saldou num 3º lugar, ficando algumas ilações a tirar desta nossa participação.
No primeiro jogo defrontámos o Padroense, com uma vitória por 3x0, embora com uma exibição muito pouco conseguida. O resultado apareceu apenas na 2ª parte, mas até aí havíamos sido uma equipa pouco dinâmica, em certas alturas apática e demasiado centrada no individual.
O segundo jogo não foi diferente, com a agravante do adversário ter mais capacidade que o anterior, o que se traduziu numa derrota pesada por 5x1. Um resultado que claramente não espelha a diferença entre as duas equipas, mas que nos penaliza principalmente por termos abdicado dos nossos princípios. Frente a um adversário que usou e abusou do contacto físico, com um futebol directo e vertical, caímos no erro de nos deixarmos levar por toda a envolvente (marcada pelo desejo de vingança do adversário e respectivos adeptos em relação ao jogo do campeonato). Perdemos a calma, entramos por caminhos onde claramente não estamos à vontade e o resultado foi se avolumando com relativa normalidade.
O jogo caminhava para o final, com o Leixões a não querer baixar o ritmo, até que parece ter havido um "click" na nossa equipa. Quando passamos a colocar a bola no chão, a jogar de pé para pé, começamos a dominar o jogo, fazendo com que o adversário passasse praticamente os últimos 5 minutos apenas a correr atrás da bola. Marcámos um golo, podíamos ter marcado mais, mas acima de tudo fica a lição para o que falta jogar desta época. Se temos princípios, se temos uma identidade que passa por jogar apoiado, não é porque o adversário joga de outra forma que vamos abdicar desses princípios. Essa mudança custou-nos muito caro neste jogo, mas confesso que nunca saí tão orgulhoso de um jogo em que tínhamos acabado de ser goleados. Orgulhoso porque nos últimos 5 minutos vi uma equipa a jogar da forma que eu pedi, da forma como treinamos e da forma como queremos que o nosso futebol seja jogado. Perdemos e perdemos bem, mas ninguém me tira a ideia que se tivéssemos jogado daquela forma todo o Torneio teríamos chegado mais longe.
Este jogo deve servir como lição, e é curioso que na final deste Torneio (Leixões vs FC Porto Sub-9), assistimos ao exemplo maior do que é uma equipa não abdicar dos seus princípios, mesmo a perder, mesmo perante um adversário fisicamente muito superior.
O último jogo desta primeira fase foi bem mais positivo. Uma vitória clara por 5x0, com alguns momentos bem conseguidos da nossa equipa, já com maior dinâmica e maior sentido colectivo. Para finalizar a nossa participação, nova vitória, agora por 9x0, também com uma exibição positiva, especialmente os primeiros 10 minutos.
Mas há uma situação flagrante que começa a transparecer em relação à nossa equipa. Acho que colectivamente já estivemos mais fortes e isto explica-se pelo facto de ultimamente termos caído em alguns exageros individuais. Queremos resolver sozinhos os problemas colectivos, usando e abusando do contacto físico e das explosões em velocidade. O resultado traduz-se num maior cansaço, num futebol muito mais feio e aos repelões, que vai em sentido contrário àquilo que temos procurado encutir-vos. E hoje tivemos a prova que um futebol baseado unicamente nisso não resulta.
Em suma, uma participação que se pode considerar positiva, em especial porque permitiu a todos os atletas jogarem bastante tempo, principalmente aqueles que nesta 2ª Fase têm jogado menos. E quanto a isso acho que devo destacar um nome em especial. Quem acompanha os meus comentários neste blog sabe que é raríssimo tecer comentários individuais, mas neste caso é quase uma obrigação moral. Há um atleta que hoje deu a melhor resposta possível ao facto de ter jogado poucos minutos neste campeonato. No jogo frente ao FC Porto o Hugo não entrou. Quem me conhece, sabe que isso é das coisas que mais me custa fazer, e o Hugo já foi duplamente penalizado com essa situação nesta 2ª Fase. Tinha todos os motivos para estar desmotivado, podia amuar, podia baixar os braços, mas fez exactamente o oposto. Mostrou-me hoje que provavelmente já devia ter jogado mais no campeonato, fazendo um Torneio a todos os níveis fantástico e respondendo com trabalho às adversidades. Para além de tudo isto, é um miúdo impecável, de uma educação extrema e com uma atitude competitiva impressionante. É daqueles atletas pelo qual é impossível não nos sentirmos cativados. E tenho a certeza que continuará com esta postura, trabalhando cada vez mais e mais.
Para finalizar, dizer que foi um Domingo muito bem passado, com muita boa disposição, num convívio fantástico entre toda a "família" dos Sub-11 do SC Coimbrões. O meu obrigado aos pais, que são inexcidíveis, aos directores que nos acompanharam (Hélder e Hélder Loureiro) e à organização pelo Torneio excelentemente realizado.
Cumprimentos,
Mister Guto
No primeiro jogo defrontámos o Padroense, com uma vitória por 3x0, embora com uma exibição muito pouco conseguida. O resultado apareceu apenas na 2ª parte, mas até aí havíamos sido uma equipa pouco dinâmica, em certas alturas apática e demasiado centrada no individual.
O segundo jogo não foi diferente, com a agravante do adversário ter mais capacidade que o anterior, o que se traduziu numa derrota pesada por 5x1. Um resultado que claramente não espelha a diferença entre as duas equipas, mas que nos penaliza principalmente por termos abdicado dos nossos princípios. Frente a um adversário que usou e abusou do contacto físico, com um futebol directo e vertical, caímos no erro de nos deixarmos levar por toda a envolvente (marcada pelo desejo de vingança do adversário e respectivos adeptos em relação ao jogo do campeonato). Perdemos a calma, entramos por caminhos onde claramente não estamos à vontade e o resultado foi se avolumando com relativa normalidade.
O jogo caminhava para o final, com o Leixões a não querer baixar o ritmo, até que parece ter havido um "click" na nossa equipa. Quando passamos a colocar a bola no chão, a jogar de pé para pé, começamos a dominar o jogo, fazendo com que o adversário passasse praticamente os últimos 5 minutos apenas a correr atrás da bola. Marcámos um golo, podíamos ter marcado mais, mas acima de tudo fica a lição para o que falta jogar desta época. Se temos princípios, se temos uma identidade que passa por jogar apoiado, não é porque o adversário joga de outra forma que vamos abdicar desses princípios. Essa mudança custou-nos muito caro neste jogo, mas confesso que nunca saí tão orgulhoso de um jogo em que tínhamos acabado de ser goleados. Orgulhoso porque nos últimos 5 minutos vi uma equipa a jogar da forma que eu pedi, da forma como treinamos e da forma como queremos que o nosso futebol seja jogado. Perdemos e perdemos bem, mas ninguém me tira a ideia que se tivéssemos jogado daquela forma todo o Torneio teríamos chegado mais longe.
Este jogo deve servir como lição, e é curioso que na final deste Torneio (Leixões vs FC Porto Sub-9), assistimos ao exemplo maior do que é uma equipa não abdicar dos seus princípios, mesmo a perder, mesmo perante um adversário fisicamente muito superior.
O último jogo desta primeira fase foi bem mais positivo. Uma vitória clara por 5x0, com alguns momentos bem conseguidos da nossa equipa, já com maior dinâmica e maior sentido colectivo. Para finalizar a nossa participação, nova vitória, agora por 9x0, também com uma exibição positiva, especialmente os primeiros 10 minutos.
Mas há uma situação flagrante que começa a transparecer em relação à nossa equipa. Acho que colectivamente já estivemos mais fortes e isto explica-se pelo facto de ultimamente termos caído em alguns exageros individuais. Queremos resolver sozinhos os problemas colectivos, usando e abusando do contacto físico e das explosões em velocidade. O resultado traduz-se num maior cansaço, num futebol muito mais feio e aos repelões, que vai em sentido contrário àquilo que temos procurado encutir-vos. E hoje tivemos a prova que um futebol baseado unicamente nisso não resulta.
Em suma, uma participação que se pode considerar positiva, em especial porque permitiu a todos os atletas jogarem bastante tempo, principalmente aqueles que nesta 2ª Fase têm jogado menos. E quanto a isso acho que devo destacar um nome em especial. Quem acompanha os meus comentários neste blog sabe que é raríssimo tecer comentários individuais, mas neste caso é quase uma obrigação moral. Há um atleta que hoje deu a melhor resposta possível ao facto de ter jogado poucos minutos neste campeonato. No jogo frente ao FC Porto o Hugo não entrou. Quem me conhece, sabe que isso é das coisas que mais me custa fazer, e o Hugo já foi duplamente penalizado com essa situação nesta 2ª Fase. Tinha todos os motivos para estar desmotivado, podia amuar, podia baixar os braços, mas fez exactamente o oposto. Mostrou-me hoje que provavelmente já devia ter jogado mais no campeonato, fazendo um Torneio a todos os níveis fantástico e respondendo com trabalho às adversidades. Para além de tudo isto, é um miúdo impecável, de uma educação extrema e com uma atitude competitiva impressionante. É daqueles atletas pelo qual é impossível não nos sentirmos cativados. E tenho a certeza que continuará com esta postura, trabalhando cada vez mais e mais.
Para finalizar, dizer que foi um Domingo muito bem passado, com muita boa disposição, num convívio fantástico entre toda a "família" dos Sub-11 do SC Coimbrões. O meu obrigado aos pais, que são inexcidíveis, aos directores que nos acompanharam (Hélder e Hélder Loureiro) e à organização pelo Torneio excelentemente realizado.
Cumprimentos,
Mister Guto
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