Um final perfeito para uma época de sonho, com mais um título conquistado, o 6º nesta temporada que agora termina. Um ano memorável a todos os níveis, desde o aspecto desportivo ao extra-futebol, como a união e cumplicidade entre todos os elementos da equipa e sua envolvente, um caso raro nos dias que correm.
Este último Torneio da época reflectiu aquilo que foi a nossa temporada: atitude, querer, qualidade e uma vontade enorme de ganhar. Creio que a nível exibicional terá sido o nosso melhor Torneio, quer em termos de qualidade de jogo, quer a nível de entrega e atitude, que nunca faltou em nenhum jogo. Um sinal de evolução, que nos deixa ainda mais confiantes para a época que se avizinha.
Foram 5 dias de grande convívio, com muitas histórias para contar e momentos inesquecíveis dentro e fora de campo. Se a nível desportivo os nossos atletas merecem todos os elogios, também em termos de comportamento merecem uma palavra especial, já que foram cumpridores, responsáveis e de certa forma exemplares na postura que tiveram durante estes 5 dias, com uma ou outra excepção mas de pequena gravidade. E isso é também um motivo de orgulho para nós, responsáveis por estes atletas.
Quanto à performance puramente desportiva, iniciamos o Torneio com uma vitória frente ao Milheiroense, numa boa primeira parte e uma segunda parte de gestão. O jogo seguinte com o Beira-Mar antevia-se mais complicado, e a primeira parte mostrou isso mesmo, apesar da nossa clara superioridade. Os golos surgiriam na 2ª parte, mas o que me ficou mais na memória foi uma troca de bola sobre o lado esquerdo da nossa defesa, onde durante largos segundos, e apesar da forte pressão dos aveirenses, fomos conseguindo manter a posse de bola sempre à procura do colega em melhor posição e sem entrar no desespero de jogar directo. Tem sido este futebol que temos batalhado para conseguir impor e chegar ao final da época e ver a qualidade com que o conseguimos fazer é reconfortante. Foi um daqueles lances que valeu por dois ou três golos.
Seguiu-se o jogo mais difícil e emocionante de todo o Torneio e talvez de toda a época. Em disputa estava a passagem à Meia-Final frente a uma equipa da Oliveirense que tínhamos visto jogar de manhã e que havia demonstrado muita qualidade. Essa qualidade ficou reproduzida no seu primeiro golo, logo aos 2 minutos, numa excelente jogada colectiva. A partir daí o jogo só teve um sentido mas a bola teimava em não entrar. Lorga, João, Gil e Diogo Teixeira tiveram nos pés oportunidades de ouro para igualar a partida mas o resultado ia manter-se até ao intervalo.
A segunda parte não foi muito diferente da primeira em termos de domínio, mas desta feita a pontaria esteve mais afinada. Didi, num excelente remate de pé esquerdo, faria o 1x1, mas numa desatenção nossa a Oliveirense iria fazer o segundo golo, curiosamente no seu segundo remate à nossa baliza em todo o jogo.
Após esse golo desconcentramo-nos um pouco, dando a entender que já não teríamos forças para ir buscar um resultado melhor. Mas a atitude dos nossos guerreiros veio mais uma vez ao de cima e a três minutos do fim chegaríamos ao empate num cabeceamento do Gil após um cruzamento perfeito do Afonso. Com a motivação em alta, iríamos continuar a pressionar até ao golo da vitória, marcado pelo Lorga, levando à loucura todos os nossos adeptos, que suportaram até ao limite todos os insultos e insinuações de quem se escuda em qualquer coisa para tentar arranjar algum conforto nos seus desaires.
Uma vitória arrancada a ferros, das mais saborosas que tivemos esta época, garantindo desde logo a presença na meia-final. Ainda antes, fomos a Valongo do Vouga defrontar a equipa local no último jogo da Fase de Grupos, tendo realizado um jogo bastante agradável, com trocas de bola constantes e muitos golos. Os aplausos dos adeptos adversários no final do jogo foram para mim dos momentos mais bonitos que já vivi no Futebol, num acto de Fair-Play raríssimo e contrastante com o que havíamos experimentado no jogo anterior. Um sinal de reconhecimento do nosso valor e da nossa postura digna em campo. Ao Valonguense e seus adeptos fica o nosso agradecimento pela grandiosa atitude que nos encheu de orgulho.
Na meia-final teríamos pela frente a equipa da casa, o Águeda. Mais uma vez o nosso calcanhar de Aquiles foi a finalização, chegando ao intervalo empatado a zero por culpa quase exclusiva da nossa ineficácia. O segundo tempo voltou a ser diferente, com dois golos em dois minutos que deram outra tranquilidade. Até ao final da partida fomos mantendo a nossa baliza livre de perigo, garantindo um resultado justo e inquestionável.
O adversário da final seria um nome de peso, a União de Leiria, campeã distrital da AF Leiria sem derrotas. Os primeiros minutos foram de maior ascendente nosso, chegando à vantagem através de um cabeceamento do João, após cruzamento do Tiago Costa. Seguiram-se várias situações em que apanhámos o adversário em inferioridade numérica mas o último passe teimava em não sair. O intervalo chegaria com uma vantagem curta que deixava tudo em aberto para a segunda parte. Voltámos a entrar melhor na partida e iríamos aumentar o marcador novamente pelo João, também de cabeça, agora a passe de Didi. O jogo ficaria sentenciado pouco depois, com o João a completar o seu hat-trick, cabendo ao Tiago Costa fechar as contas do marcador.
Uma vitória que, pela nossa atitude e determinação, acabou por surgir com naturalidade, somando assim o 6º título da época. Um fechar de época condizente com o nosso percurso até então, numa temporada inesquecível em todos os aspectos.
No final, o sentimento que todo este esforço havia valido a pena. O esforço de todos, diga-se. Dos atletas em campo, dos treinadores e directores no banco e fora dele, dos pais, em primeiro lugar, para que os atletas pudessem estar ali e depois para que nada lhes faltasse, fosse em termos logísticos, fosse em termos de apoio. Em tudo isso foram grandiosos. Nada disto seria possível sem eles. Já o disse aqui e volto a repetir, muitas vezes no futebol de formação a postura dos pais ajuda a ganhar ou a perder campeonatos. Neste caso, foram o elemento catalisador para todas estas vitórias. Por todo o apoio incondicional, pela postura mais que correcta, pela atenção e cuidado para com todos nós, esta equipa ficará eternamente grata. Não haverá muito mais grupos como este e isto é algo que ajuda a explicar as nossas vitórias. Por mais que as tentem minimizar ou questionar, sabemos e sentimos que estamos desde logo em vantagem face aos nossos adversários, pois na vitória ou na derrota fomos sempre um grupo, uma verdadeira família.
Terça-feira será o último treino do ano. Virão então as merecidas férias e uma nova época que nos trará novos desafios e uma cada vez maior exigência. Mas tudo o que vivemos esta temporada ficará para sempre na memória de todos. É um orgulho imenso olhar para trás e ver o que alcançámos, mas ao mesmo tempo é uma motivação para que o futuro nos traga ainda mais alegrias. Que não nos digam que uma época como esta é irrepetível!
Por fim, agradecer aos directores que acompanharam a equipa, o Hélder e o Luís. Não estando directamente ligados a esta equipa, são duas pessoas que sentem o Clube como poucos e foi também por isso que na hora de escolher quem nos acompanhasse os seus nomes vieram-me logo à memória. Para além disso, é uma diferença incrível quando nós, treinadores, estamos num Torneio sabendo que só nos temos que preocupar com a parte técnica, visto todo o resto estar assegurado pela competência e disponibilidade dos directores. Agradecer ao Mister Kim pelo apoio e pelo orgulho que demonstra ter neste grupo de jogadores. Ajudou a criar um espírito de conquista ainda maior e a sua presença foi claramente um elemento motivador para os nossos atletas, que demonstram ter por ele um grande carinho e respeito. Para terminar, agradecer e parabenizar a organização do Torneio pelo fantástico trabalho. Não será fácil coordenar uma estrutura tão grande e, no entanto, não houve nada a apontar em termos organizativos. Agradecer também ao pessoal da Residencial Ribeirinho, que nos deixaram plenamente à vontade e foram sempre de uma atenção extrema, assim como o pessoal do Restaurante Dom Rogério.
Até amanha,
Mister Guto
Este último Torneio da época reflectiu aquilo que foi a nossa temporada: atitude, querer, qualidade e uma vontade enorme de ganhar. Creio que a nível exibicional terá sido o nosso melhor Torneio, quer em termos de qualidade de jogo, quer a nível de entrega e atitude, que nunca faltou em nenhum jogo. Um sinal de evolução, que nos deixa ainda mais confiantes para a época que se avizinha.
Foram 5 dias de grande convívio, com muitas histórias para contar e momentos inesquecíveis dentro e fora de campo. Se a nível desportivo os nossos atletas merecem todos os elogios, também em termos de comportamento merecem uma palavra especial, já que foram cumpridores, responsáveis e de certa forma exemplares na postura que tiveram durante estes 5 dias, com uma ou outra excepção mas de pequena gravidade. E isso é também um motivo de orgulho para nós, responsáveis por estes atletas.
Quanto à performance puramente desportiva, iniciamos o Torneio com uma vitória frente ao Milheiroense, numa boa primeira parte e uma segunda parte de gestão. O jogo seguinte com o Beira-Mar antevia-se mais complicado, e a primeira parte mostrou isso mesmo, apesar da nossa clara superioridade. Os golos surgiriam na 2ª parte, mas o que me ficou mais na memória foi uma troca de bola sobre o lado esquerdo da nossa defesa, onde durante largos segundos, e apesar da forte pressão dos aveirenses, fomos conseguindo manter a posse de bola sempre à procura do colega em melhor posição e sem entrar no desespero de jogar directo. Tem sido este futebol que temos batalhado para conseguir impor e chegar ao final da época e ver a qualidade com que o conseguimos fazer é reconfortante. Foi um daqueles lances que valeu por dois ou três golos.
Seguiu-se o jogo mais difícil e emocionante de todo o Torneio e talvez de toda a época. Em disputa estava a passagem à Meia-Final frente a uma equipa da Oliveirense que tínhamos visto jogar de manhã e que havia demonstrado muita qualidade. Essa qualidade ficou reproduzida no seu primeiro golo, logo aos 2 minutos, numa excelente jogada colectiva. A partir daí o jogo só teve um sentido mas a bola teimava em não entrar. Lorga, João, Gil e Diogo Teixeira tiveram nos pés oportunidades de ouro para igualar a partida mas o resultado ia manter-se até ao intervalo.
A segunda parte não foi muito diferente da primeira em termos de domínio, mas desta feita a pontaria esteve mais afinada. Didi, num excelente remate de pé esquerdo, faria o 1x1, mas numa desatenção nossa a Oliveirense iria fazer o segundo golo, curiosamente no seu segundo remate à nossa baliza em todo o jogo.
Após esse golo desconcentramo-nos um pouco, dando a entender que já não teríamos forças para ir buscar um resultado melhor. Mas a atitude dos nossos guerreiros veio mais uma vez ao de cima e a três minutos do fim chegaríamos ao empate num cabeceamento do Gil após um cruzamento perfeito do Afonso. Com a motivação em alta, iríamos continuar a pressionar até ao golo da vitória, marcado pelo Lorga, levando à loucura todos os nossos adeptos, que suportaram até ao limite todos os insultos e insinuações de quem se escuda em qualquer coisa para tentar arranjar algum conforto nos seus desaires.
Uma vitória arrancada a ferros, das mais saborosas que tivemos esta época, garantindo desde logo a presença na meia-final. Ainda antes, fomos a Valongo do Vouga defrontar a equipa local no último jogo da Fase de Grupos, tendo realizado um jogo bastante agradável, com trocas de bola constantes e muitos golos. Os aplausos dos adeptos adversários no final do jogo foram para mim dos momentos mais bonitos que já vivi no Futebol, num acto de Fair-Play raríssimo e contrastante com o que havíamos experimentado no jogo anterior. Um sinal de reconhecimento do nosso valor e da nossa postura digna em campo. Ao Valonguense e seus adeptos fica o nosso agradecimento pela grandiosa atitude que nos encheu de orgulho.
Na meia-final teríamos pela frente a equipa da casa, o Águeda. Mais uma vez o nosso calcanhar de Aquiles foi a finalização, chegando ao intervalo empatado a zero por culpa quase exclusiva da nossa ineficácia. O segundo tempo voltou a ser diferente, com dois golos em dois minutos que deram outra tranquilidade. Até ao final da partida fomos mantendo a nossa baliza livre de perigo, garantindo um resultado justo e inquestionável.
O adversário da final seria um nome de peso, a União de Leiria, campeã distrital da AF Leiria sem derrotas. Os primeiros minutos foram de maior ascendente nosso, chegando à vantagem através de um cabeceamento do João, após cruzamento do Tiago Costa. Seguiram-se várias situações em que apanhámos o adversário em inferioridade numérica mas o último passe teimava em não sair. O intervalo chegaria com uma vantagem curta que deixava tudo em aberto para a segunda parte. Voltámos a entrar melhor na partida e iríamos aumentar o marcador novamente pelo João, também de cabeça, agora a passe de Didi. O jogo ficaria sentenciado pouco depois, com o João a completar o seu hat-trick, cabendo ao Tiago Costa fechar as contas do marcador.
Uma vitória que, pela nossa atitude e determinação, acabou por surgir com naturalidade, somando assim o 6º título da época. Um fechar de época condizente com o nosso percurso até então, numa temporada inesquecível em todos os aspectos.
No final, o sentimento que todo este esforço havia valido a pena. O esforço de todos, diga-se. Dos atletas em campo, dos treinadores e directores no banco e fora dele, dos pais, em primeiro lugar, para que os atletas pudessem estar ali e depois para que nada lhes faltasse, fosse em termos logísticos, fosse em termos de apoio. Em tudo isso foram grandiosos. Nada disto seria possível sem eles. Já o disse aqui e volto a repetir, muitas vezes no futebol de formação a postura dos pais ajuda a ganhar ou a perder campeonatos. Neste caso, foram o elemento catalisador para todas estas vitórias. Por todo o apoio incondicional, pela postura mais que correcta, pela atenção e cuidado para com todos nós, esta equipa ficará eternamente grata. Não haverá muito mais grupos como este e isto é algo que ajuda a explicar as nossas vitórias. Por mais que as tentem minimizar ou questionar, sabemos e sentimos que estamos desde logo em vantagem face aos nossos adversários, pois na vitória ou na derrota fomos sempre um grupo, uma verdadeira família.
Terça-feira será o último treino do ano. Virão então as merecidas férias e uma nova época que nos trará novos desafios e uma cada vez maior exigência. Mas tudo o que vivemos esta temporada ficará para sempre na memória de todos. É um orgulho imenso olhar para trás e ver o que alcançámos, mas ao mesmo tempo é uma motivação para que o futuro nos traga ainda mais alegrias. Que não nos digam que uma época como esta é irrepetível!
Por fim, agradecer aos directores que acompanharam a equipa, o Hélder e o Luís. Não estando directamente ligados a esta equipa, são duas pessoas que sentem o Clube como poucos e foi também por isso que na hora de escolher quem nos acompanhasse os seus nomes vieram-me logo à memória. Para além disso, é uma diferença incrível quando nós, treinadores, estamos num Torneio sabendo que só nos temos que preocupar com a parte técnica, visto todo o resto estar assegurado pela competência e disponibilidade dos directores. Agradecer ao Mister Kim pelo apoio e pelo orgulho que demonstra ter neste grupo de jogadores. Ajudou a criar um espírito de conquista ainda maior e a sua presença foi claramente um elemento motivador para os nossos atletas, que demonstram ter por ele um grande carinho e respeito. Para terminar, agradecer e parabenizar a organização do Torneio pelo fantástico trabalho. Não será fácil coordenar uma estrutura tão grande e, no entanto, não houve nada a apontar em termos organizativos. Agradecer também ao pessoal da Residencial Ribeirinho, que nos deixaram plenamente à vontade e foram sempre de uma atenção extrema, assim como o pessoal do Restaurante Dom Rogério.
Até amanha,
Mister Guto
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